A Voz do Meu Silêncio

Vou despir-me de toda sanidade

Gritarei para os ouvidos do eco

E deixarei as palavras reverberarem

Dentre as paredes do templo

Vou derramar o último copo de vinho

E sujar as vestes imaculadas da virgem

Não saciarei mais essa sede sórdida

Somente auscultarei o sangue nas veias

Correrei nas frestas do desfiladeiro

Até faltar-me o oxigênio

E descalço pisarei as brasas

Até satisfazer a fome de viver

Logo após dormirei o sono dos justos

E acordarei nos braços da minha violeta

Onde poderei me deleitar em seus traços

E sorriremos novamente ao pôr do sol

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 18/03/2019
Código do texto: T6601107
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