E depois de uma manhã inteira, continuei com a minha parte mais sombria. 
Sob o movimento das águas profundas do silêncio palpitante, a mente sitiada como câncer, como um coágulo de sangue, com uma rosa obscura na boca, [com a boca obscura].

Porque há dias que as pálpebras insistem em não acordar, a voz não passa para o papel e não há dialética antagônica, híbrida ou fulcral que desvele o outono e toda sua violência em chover as folhas, uma a uma.
 
- Não... hoje eu não consigo... não hoje... está escuro aqui - disse-lhe com a voz embargada.
- Acenda a palavra - me respondeu .







 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 19/03/2019
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