O último raio de sol
ao dar as costas o último clarão
que verá por trás da madeira barata
o resto da carne grotesca e fraca
meu pútrido âmago não mais verão
quando em seus gástricos festins
estas vis rastejantes criaturas
terminarem com a última célula impura
minh'alma estará livre por fim
no dia longínquo que há de chegar
entre falsos sorrisos e choros em vão
espero que a chuva lhe acalme a mente
pois nenhuma outra Lua que um dia brilhar
terá de estender-me em consolo sua mão
e jamais ouvirá o ranger destes dentes