O Vôo das Falenas

O vôo das falenas é a Ternura em movimento...

Vendo-lhe a suavidade, sonha o homem

Quimeras pueris que o inebriam e consomem,

No desejo desesperado de jamais despertar...

No sonho tudo é concreto, nada é onírico...

Mas é na incerteza do acordar que se depura

A Razão, prostituída e travestida de loucura,

Incapaz de abarcar o sonho de uma criança,

Incapaz de antever e crer, de ter esperança...

Para a Razão tudo é relativo, nada é concreto...

Que sabemos nós do vôo das falenas?

Razões mil, milhões de centenas... uma apenas?

Apenas uma razão para o vôo das falenas!

O vôo da Alma... o vôo da Vida... Razão esquecida...

Basta-me à concretude o sonho de voar...

Marco Aurélio Leite da Silva
Enviado por Marco Aurélio Leite da Silva em 20/09/2007
Reeditado em 27/12/2007
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