O Vôo das Falenas
O vôo das falenas é a Ternura em movimento...
Vendo-lhe a suavidade, sonha o homem
Quimeras pueris que o inebriam e consomem,
No desejo desesperado de jamais despertar...
No sonho tudo é concreto, nada é onírico...
Mas é na incerteza do acordar que se depura
A Razão, prostituída e travestida de loucura,
Incapaz de abarcar o sonho de uma criança,
Incapaz de antever e crer, de ter esperança...
Para a Razão tudo é relativo, nada é concreto...
Que sabemos nós do vôo das falenas?
Razões mil, milhões de centenas... uma apenas?
Apenas uma razão para o vôo das falenas!
O vôo da Alma... o vôo da Vida... Razão esquecida...
Basta-me à concretude o sonho de voar...