do poeta, a raíz e o tempero / 2

um rosto de milhões de rostos abre a manhã na sua luz,

inclina no peito o olhar,

incendeia a distância,

e no inacessível preâmbulo

enigma o que o dia não remedeia.

um rosto de milhões de rostos abre a manhã na sua luz,

olha-se na aridez,

congemina o absoluto

até que um relâmpago fulmine a língua

e os dias aconteçam

impressos na rotina.

20 de setembro de 2007

12.19h