Desequilíbrio

Quero gritar

Essa poesia engasgada

Tropeçando por meias palavras

Pra não mostrar o que realmente é.

A dor faz parte da vida,

E ensina a silenciar,

na arte de esconder,

eu ocupo o primeiro lugar.

As águas não levam embora

o que pertence ao lugar,

posso sair mundo afora,

mas quando volto, vou chorar.

Meu sopro de juventude,

Ameaça da minha virtude,

Desnuda minha alma,

e não mais meu corpo.

Desequilíbrio,

Espelho do meu delírio,

ninguém imaginou

e nem deve imaginar.

Que ainda pinta cores confusas,

Espectro da minha tortura

Um sopro de aparição,

Arritmia sem solução.

Taís Alcantara
Enviado por Taís Alcantara em 21/03/2019
Reeditado em 04/05/2020
Código do texto: T6603292
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