Cama de Pregos

E o pergaminho veio a mim profanado

Mais o purifiquei com o sal dos deuses

E as mazelas desfeitas já são passado

O corpo insano foi testemunha

As linhas borradas reescrevi são

Com a sagrada pena dos tempos

Com meu próprio sangue escrevi

E o consagrei diante os faraós

Mas as tristezas eu calei

Deixei folhas em branco

O livro das lastimas eu abandonei

Para ser preenchido pelos covardes

E os meus estigmas marcaram

Aquelas palavras que não foram ditas

Mas foram lidas pelos guardiões

Que adormeceram em segredo

A mágica foi escondida pelos sacerdotes

Morri varias vezes tentando desvelá-la

Deitei-me na cama de pregos

E morri pela última vez

Mas ressurgi radiante

No peito o galardão mortífero

Que eu trouxe dos confins do limbo

Onde espiei por detrás da porta

A verdade escondi em códigos

E deixei as civilizações a esmo

Nessa caça sem sentido

Em busca das riquezas mundanas

E os pergaminhos se desfizeram com a chuva de verão...

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 21/03/2019
Código do texto: T6603710
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.