Felicidade

Cansei de brigar com o meu EU.
Ele não merecia tanto sofrimento.
Daqueles sentimentos que afoguei nas águas profundas da minha mente
Restaram alguns, boiando
Resgatei-os, em essência.
Quero secá-los devagarinho, com uma toalha felpuda.
Assim, terei tempo de perceber o que deles sobrou.
Sabotei a minha felicidade!
Tentei matá-la à queima roupa.
Sufoquei-a com o travesseiro da consciência
A felicidade não desistiu, e resistiu bravamente.
Perseverante nos sonhos que escondi (camuflei por circunstâncias)
Desponta ela toda reluzente ao nascer do sol.
Confesso que a rejeitei de prima
De novo? Ela caiu no descrédito.
Também pudera, depois de tanta desilusão
Via de mão única
Contabilei a decepção e fui pagar a conta.
Não era pra ser assim?
O amor é ponto obscuro d'alma.
Precisa de tato, olfato, paladar, audição e visão.
Assim, dei ouvidos ao meu coração.
Razão ainda retorce.
Num dia desses, até me entorce, me torce
Mas planejei a fuga.
Dei-lhe uma bela rasteira e razão caiu por terra
Me escondi.
A aventura tem gosto de emoção (se é que emoção tem gosto).
Toquei as estrelas em busca de energia, contagiante
Senti um cheiro do perfume no ar, era essência
Só, perdi a visão.
Mas ao degustar o amor me encontrei.
Visão focada em plenitude
Face a face (era eu e o reflexo no espelho)
O que descobri tem algum nome?
Sim, FELICIDADE!
Embora não seja eterna, mora em mim, enquanto dura.
Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 22/03/2019
Reeditado em 16/05/2019
Código do texto: T6604360
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