Sopro ardente

Sopro ardente

O calor que te queima

o peito e sai pelas mãos,

é o sopro da vida, suave e ardente.

Fugindo do subterrâneo da alma

toca meu corpo enfermo

e faz do suspiro a eternidade,

como outra vida.

Lembranças?

Neste contorcer de árvores

espreitando os sons conduzidos

na gelidez de uma noite

que foi ninho a colisão

de nossos corpos vagando,

como plumas perdidas no espaço,

que fomos...que somos.

Cada grito que sinto,

rasga meu peito como

o sopro ardente.

No caule da dor

sentir-se vivo.

Camper
Enviado por Camper em 01/11/2005
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T66061