Os poetas talvez não gostem da verdade

Talvez os Poetas sejam corvos covardes

Talvez o nosso eu poeta sempre desejou o abismo em vez do paraiso

Talvez o nosso eu poeta sempre disse muitas coisas, e nunca chamou a atenção para o silêncio.

Talvez o nosso eu poeta seja um barulho sombrio nos enganando, fazendo a gente acreditar que somos homens e mulheres nobres para esconder os nossos pecados mais umbrífero.

Talvez o nosso eu poeta não seja a mudança que sonhamos.

Outrora quem de nós seguiu outro caminho que não seja da dor?

Ou compartilhou seu pão de cada dia com quem lhe parou na rua pedindo alguns trocados para se alimentar?

Talvez nunca existiu um eu poeta dentro de nós, somente nossa consciência desabafando em versos que rima o engordo que criamos dentro de nós.

Ja faz um tempo eu vi com meus proprios olhos que treme ao fixar em um horizonte por muito tempo, eu vi uma mulher com seus filhos em um parque bricando, mas existe uma grande diferença entre uma mãe que leva uma criança para brincar e aquela mãe que se conecta, que se importa e que quer ser o abraço quente que o filho quer receber todas as noites, eu a vir,e ela me disse o quão egoista somos.

Será que nos importamos com os nossos filhos do jeito que os nossos filhos precisam?

Os poetas talvez sejam os corvos covardes que o mudo necessita para esconder suas mascaras em poemas?

Eu diria que a duvida é a mais perigosa sensação que podemos sentir.

Estamos indo para o caminho certo ou errado?

Quais os perdões que nos recusamos a pedir?

Será que os nossos sorrisos são verdadeiros para aqueles que nos desafiam?

Você se lembra da primeira pessoa que disse que gostava de você e se quer você se importou?

Talvez nosso eu poeta seja uma grande piada no final.

Talvez o nosso eu poeta é aquela musica que nos faz chorar.

Talvez o tempo nunca foi nosso amigo?

Enquanto lamentamos por pequenos momentos alguem em uma parte do mundo morre de desespero de não se reconhecer mais como homem.

Talvez os poetas que existiram fossem capazes de explicar essa sensação de escrever aquilo que o mundo geme?

Continuar é mesmo nossa unica opção ou o recomeço seja nosso céu?

Ja se passaram as horas e o que os acordes do mais simples violão nos falaria sobre os nossos nomes nas letras de musicas que criamos com as nossas historias sejam apenas escombros fragmentados por arrependimentos não ditos.

Por hora o que basta para nosso eu poeta é aceitar que aplaudimos o mundo enquanto estamos sentados escrevendo pensamentos em vez de criar ambientes de soluções por um mundo melhor?

Talvez todos nós estejamos a ponto de simplesmente ir dormir e acordar para começar mais um dia com uma voz na nossa cabrça dizendo: Valeu apenas chegar onde estar agora?

Davi Alves
Enviado por Davi Alves em 25/03/2019
Código do texto: T6607167
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