Ventania Covarde

Um passo é traçado:

Caio, me machuco!

Sinto o peito apertado,

Lágrima vem lá do fundo.

Sempre acontece isso:

Dor, decepção comigo.

Eu fico mal,não aceito,

Culpando- me desacredito.

Não sei bem a razão...

Tampouco tenho noção,

Entendimento algum.

Só a péssima emoção

Do medo, acerto nenhum.

Então vá lá... Ventania...

Pois que mísera força tens!

Não é auto- capaz,corajosa?

Não tens força, tantos bens?

Zombarei agora,vejam só

Aquela que se diz volitar,

Do chão não levanta,que dó!!!

É ave que não sabe voar,

Tampouco possui valor só.

Ventania tu és sem graça!

Tudo lhe causa o terror!

Covarde,medrosa e fraca,

Caindo por imaginário pavor.

Sou sim,sou mesmo tudo isso!

Mas agora eu preciso falar:

Dizer que fui humana um dia...

Aprendi neste tempo a chorar.

Tenho várias inseguranças,

Medos,aflições,porque não?

Por acaso o medo recua

Se eu não prestar atenção?

Ele é implacável, mau ,atento

Caçador persistente e cruento.

Quero, necessito sim me livrar!

Mas Deus existe em mim,

Posso, quero e vou me curar!!!