Bela fumaça!

Bela fumaça, sai daqui para o ar.

Vai devagar, não precisa de apanhar o trem.

Sai, sem necessitar de autorização.

Não invade, expande-se em formosura,

num gracejo ingénuo, numa dança sensual.

Só uma fumaça, sem interpretação real.

Insinua o tempo não o metrifica.

Sem identidade, conveniente e pessoal.

Solitária, amiga fiel,

afinal não preciso de escrever um livro para dizer-vos que vivo,

envio-vos um fumo em forma de sinal.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 20/09/2007
Código do texto: T661008