Bela fumaça!
Bela fumaça, sai daqui para o ar.
Vai devagar, não precisa de apanhar o trem.
Sai, sem necessitar de autorização.
Não invade, expande-se em formosura,
num gracejo ingénuo, numa dança sensual.
Só uma fumaça, sem interpretação real.
Insinua o tempo não o metrifica.
Sem identidade, conveniente e pessoal.
Solitária, amiga fiel,
afinal não preciso de escrever um livro para dizer-vos que vivo,
envio-vos um fumo em forma de sinal.