Pequenos quases

deixo-te os lírios calados da porta

acima o céu azul entre as folhas

pequenos quases alvejados

ora intenso, ora suave.

deixo-te uma horta para crescer seu deserto

uma tequila sobre a mesa

o silencio da banheira

e o choro macio dos rios

deixo-te o primeiro esboço do perdão

que precisa morrer várias vezes

junto aos momentos felizes

deixo-te a caneta por perto para moldar a pálida tristeza

os longes azuis

(...) às vezes insuportável.

deixo-te um dia como os outros

e a solidão de imaginar

se eu falo a verdade até quando minto...

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 29/03/2019
Código do texto: T6610589
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