Sertaneja distante
Sinto tua falta
De novo e sempre
Meu sertão
Quando lembro do teu povo
Teu cheiro de mato seco
Recebendo a chuva
Do dia quente e noite frienta
Café com conversa passando o tempo.
Sinto tua falta
De novo e sempre
Meu sertão
De levantar e do leite quente
Do pão dormido
Buchada e bode cozido
Cuscuz e arroz mexido
Povo junto no pau de arara
E cantoria de rezador.
Como sinto, muita falta
Sempre e de novo e de novo
Do meu sertão
Do ar puro e seguro
Que lá eu sinto
Do umbu e da manga
Que chupava embaixo do pé
Alfinin, quebra queixo e puxa puxa
Falta sinto,
Mais ainda é a vontade de voltar.
Ionara Lima