Velha prostituta

Velha prostituta<br>

Seus saltos riscavam fundo as calçadas,

Enquanto ela andava para lâ e pra cá,

As vezes se desequilibrava meio tonta

Efeito de anos na bebida, perdera a conta

Noite triste, vazia, sem uma companhia,

Ela continuava andando já&nbsp; em agonia.

Um carro parou próximo ao sinal,

Ela se entusiasmou, nada era especial.

Voltando sobre os próprios passos.

Ela concluiu que ali nao tinha mais espaço

Apesar do curriculo e da experiência

Estava difícil garantir a sobrevivencia

Mudar de vida poderia ser soluçao

Afinal não podia deixar de comprar o pão

Sem arrependimentos, com nova visao

Ela deixou de se alugar e passou então

A se desdobrar a frente de um bar

Os primeiros dias foram terriveis

Aos poucos com suas historias divertidas

Foi encantando a todos pela cidade

Gozava dias de grande felicidade

Nos labios enrugados o vermelho denunciava

A verdadeira e maquiiada idade

Nao era grande a prosperidade

Ao se mirar em frente ao espelho

Da vida ja nao tinha tanta vaidade

Lembrava-se de tanta insanidade

E sonhava se um dia na eternidade

Fosse recebida que seus pecados

Todos fossem por Deus perdoados

Pois em sua alma ainda restava

A chama do amor e da bondade.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 02/04/2019
Código do texto: T6613747
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