Assassinos em diferentes posições
Mais um soco no estômago
E olha que só se passaram 90 dias
Desse ano louco
E a sensação é de está revivendo
A mesma época de décadas atrás.
O passo é pra frente
Mas algumas mentes parecem não acompanhá-lo.
A mente de muitos parece presa
Numa caixa
Hora por imposição
Hora por livre, espontânea vontade e curtição.
Não cabe os milhões de argumentos
Nem o cenário atual,
Com os seus 80 ou 111 por "engano".
O povo que celebra natal
Com o sinal da arma que mata.
Não mata todo mundo,
Mas mata o bandido fabricado no jornal
Porque bandido não é uma condição
É uma cor, não é normal?
O que rouba, o que mata, o que estrupa
Sendo branco é novo de mais pra saber o que faz,
É o tal cidadão de bem
O preto que é refém de um sistema
Imundo e hipócrita
Que diz amém e também grita enforca.
Que pede paz, mas depende
De quem que vai sentir a guerra.
O poder em dinheiro
Ou o privilégio em não ter cor
De não ser alvo do engano
Do fuzil desparado
Que age só,
Sem soldado,
Que matou mais um preto favelado.
E pasmem!
Há quem grite a favor do estado
Mesmo com seus 500 anos de divida.
A culpa sempre é da vítima
Sempre escravo!
Sempre o alvo!
Alvo da confusão de um despreparado
Alvo do engano de quem é protegido pelo estado
De quem tem carta branca pra matar
Pra só depois se certificar se estava enganado.
Alvo de quem pode ser justificado
Mesmo que em um ato desumano.
Alvo do estado genocida e de um povo que diz: " matou? Ah! mas também dava pra confudir mesmo"
Assassinos em diferentes posições, que dizem amém em nome de deus assassinado!
#carolescrevendocoisas