Sem inspiração

O coração teme as palavras

O olhar se esconde das imagens rubras

A alma se perde nas entranhas moídas

Prisioneira da Paz sonhada e jamais alcançada

Forasteira em minha Terra

Estrangeira na sua

Sem braços que sustentem-me

Ou boca que me toque

Habitante estranha dessa lida bandida

Afogada no escuro de você

Amordaçada pelos seus gestos de adeus

Ancorada em pedras tão frias

Quero meus sonhos - meninos

Um pouco de carinho de mãe

Quero o colo de meu pai

De mim? Quero as verdades pacíficas

As vontades inteiras

A coragem para a vida

Quero seus beijos - amigos

Seu corpo sereno

Sua verdade de paz

Acreditar não me basta

Quero exercício em ato

Um amor que não seja abstrato- quero ser amada!!

SoraiaMaria
Enviado por SoraiaMaria em 01/11/2005
Código do texto: T66207