Em tempo...
Amar você é assaltar a geladeira,
Fartar-se de bombom sem culpa.
É abandonar definitivamente a esteira
Para somente caminhar ao lado teu.
Amar você é soltar pum no elevador.
Não ter pudor em assumir os desejos.
É ter tesão em se masturbar na esquina...
Depois correr... Correr... E correr
Pros braços teus.
Amar você é violar todas as leis,
É não ter ética, moral, nem ideologia.
Perder todas as horas, por todos os dias,
E depois excomungar-te pelo atraso teu.
Amar você é fazer cócegas nos pés,
E se urinar de rir de absolutamente nada.
É caminhar na chuva de granizo,
Sem guarda-chuva e sem o beijo teu.
Amar você é se lançar no espaço...
É comer coxinha em rodoviária,
Encher a cara na segunda...
Na terça, na quarta, na quinta e na sexta!
Mas o sábado da ressaca é teu.
Somente teu!
Domingo é do futebol...
Amar você é isso,
Aquilo,
Todavia,
Portanto,
No entanto...
Não. Nem tanto.
Aliás, nada disso!
Por favor, esqueça todo o resto...
“Amar você é verbo”...
Intransitivo, direto, e infinitamente
Mais-que-perfeito!
Amor, eu te amo!