Em tempo...

Amar você é assaltar a geladeira,

Fartar-se de bombom sem culpa.

É abandonar definitivamente a esteira

Para somente caminhar ao lado teu.

Amar você é soltar pum no elevador.

Não ter pudor em assumir os desejos.

É ter tesão em se masturbar na esquina...

Depois correr... Correr... E correr

Pros braços teus.

Amar você é violar todas as leis,

É não ter ética, moral, nem ideologia.

Perder todas as horas, por todos os dias,

E depois excomungar-te pelo atraso teu.

Amar você é fazer cócegas nos pés,

E se urinar de rir de absolutamente nada.

É caminhar na chuva de granizo,

Sem guarda-chuva e sem o beijo teu.

Amar você é se lançar no espaço...

É comer coxinha em rodoviária,

Encher a cara na segunda...

Na terça, na quarta, na quinta e na sexta!

Mas o sábado da ressaca é teu.

Somente teu!

Domingo é do futebol...

Amar você é isso,

Aquilo,

Todavia,

Portanto,

No entanto...

Não. Nem tanto.

Aliás, nada disso!

Por favor, esqueça todo o resto...

“Amar você é verbo”...

Intransitivo, direto, e infinitamente

Mais-que-perfeito!

Amor, eu te amo!

Carlos Borges
Enviado por Carlos Borges em 21/09/2007
Código do texto: T662132
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