SEM POSTAGEM SUA

Tu, bem entende

dessa fome,

percorre por todos

os cantos deste piso,

e jaz se dela comem,

consome

Neste plano,

neste caminho do nada,

sem postagem tua,

sem imagem, sem mim

sinto o frio de a lâmina

atravessar o meu corpo

e nesta a morte

de um não, de um sim

Eu olho esta página vazia

eu querendo estar por traz dela

passar e tocar - te der repente

bem perto e assanhar teu juízo

Mas, cessaram dos meus lábios

as palavras,

Em meu infinito a loucura,

Repousa meu mundo surdo,

Relendo as horas perdidas

e às vezes eu tenho vergonha...

E choro por esses lamentos pedidos

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 17/04/2019
Reeditado em 17/04/2019
Código do texto: T6626047
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