A Era de Aquário
O Sol aquece as vértebras de minha alma
Quero viver decodificando enigmas no palácio do príncipe
Para não ser degolado no calabouço real
Quero atingir a primazia de minha evolução e esperar a redenção na calada do amanhecer
Isso não parece fazer sentido quando estou ao seu lado
Pois quero atingir a relva da noite pois a escuridão relaxa minha mente
Na diáspora mortífera de meus segredos no desvio responsivo da ilusão
O conto infringe minhas cartadas nas dádivas do amanhecer
Desvio as cordas do desejo na escuridão da saudade
Minha alma suspira por misericórdia nas asas da luz
Espadas lutam sozinhas pela renegação sábia no cântaro do descenso
Memórias instigam o cântico desmedido nas cartadas miraculosas da fraternidade
Desoladas, as memórias de um remanescente se dissipam no ornamento da noite
Escolho o choro do amanhecer esperando as dádivas no eclipse de minha mente
Desisto de viver buscando luz no horizonte quero andar na doce solidão da madrugada
O dia instiga as minhas lágrimas a se alimentar-se de peixes na era de Aquário
Três dias e a constelação de Virgo chora por seu filho morto no solstício de Inverno
O mundo não te reconheces como o atual líder do vilarejo perdido debaixo do mar
Escolho o dormitar no presságio anárquico do abismo
Minha alma busca um conforto na solidez abortiva da redenção
A tempestade quer que eu vou com ela para os céus
Parece que a Terra desistiu de tratar bem seus inquilinos
Apenas querem transformá-los em estercos para alimentar seu estômago