POEMINHAS PARA LER SEM PRETENSÕES.


01

A grandeza poética
das Borboletas no verão
é mais visível.

02
Luizinho dizia:
tento mais não me encontro,
devo estar em outro lugar.

03
Onde fui criado
tinha dia , noite arvores,
pássaros e felicidade.

04
O rio da minha infância
morreu,
seu lugar foi ocupado
por coisas frívolas,

05
As Libélulas
avisam os peixes
que os anzóis
são do mal.

06
Quando estão sofrendo
os poetas desabrocham.

07
Um vaso
de Avenca
me impediu
ver a manhã.

08
Borboletas
no verão sobrevoam
estrumes e olhares.

09
Ela me chamou de
bocó, eu a chamei
banguela.

10
No fundo dos rios
o silêncio das pedras
faz muito barulho.

11
O que quero da vida
é sombra e sol,
e se possível água
gelada para me 
hidratar.

12
Poeta é um ser
engraçado, seu olho
engorda as frases.

13
Minha casa antiga,
tinha duas portas e
quatro janelas, são 
por elas que aprendi
a voar.

14
A boca do vento
me soprava frio,
como eu não tinha
paletó, abotoava
a alma.

15
Uma idosa a tempos
me diz: Você será
grande, ainda não
cresci, mas sua voz
continua em mim,
tentando me esticar.

16
Na inércia
as vezes me fortaleço,
para depois caminhar.

17
Observo as pedras ,
elas são solidárias
aos limos, e não
tem fingimentos.








 
Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 28/04/2019
Reeditado em 04/09/2021
Código do texto: T6634478
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