quero escrever 
a mais inédita das poesias,
escravizar a mim mesmo
dentre minhas letras,
depois quero saber
onde está meu isqueiro ...
aquele que comprei ontem,
eu nem tenho dinheiro 
pra comprar outro, 

odeio pedir esmola 
mas sou um mendigo,
me empresta seu fogo ...
pra eu dormir mais tranquilo,
 
vai gata,
eu sei sou um lixo 
mas sei, isso me ataca ...
aquilo q' leva abaixo do vestido, 

eu morri ontem 
e hoje eu me sinto
um pouco mais vivo, 

sou um psicopata 
e não quero sua pata
não quero que role ... 

quero minha paz
regada daquilo q' mata,
eu sou só um rapaz 
na cidade grande ... 

que se sente
no meio da mata
portando um facão,
cortando o q' vê pela frente ...
ignorando a maior parte dessa gente 
que se sente ... haha ... só se sente ...

cagando mais fedido que eu, 
nisso tudo?!
sinceramente?
sou mais eu, 
para todos vocês ...
adeus.