NATIVISMO

Entrando minha gente em pranto, vou à morte;

mostrando minha mente em canto, sou a sorte

a protelar a morte sem pranto desta gente,

a revelar a sorte sem canto desta frente.

Desnudado viver, sem alegria, que explode...

em calado saber, tem fantasia, que eclode...

na ponta da caneta registradora, metida,

por conta da careta reveladora, sentida...

Sentida na verdade casual do acontecer,

mantida na bondade pontual do enaltecer...

deste sofrimento... da liberação do pudor.

Só nativo com bom coração é merecido;

inativo sem dom, emoção é falecido...

deste sentimento... da libertação do amor.

Salvador, 12/08/1997.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 03/05/2019
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