O vinil tocando o eco de uma nova costela

penteia os cabelos

nos espelhos intermináveis

duas ideias opostas na cabeça

dúvidas apagadas

brilhando como metal ao sol

a novidade de não ser ninguém

o conforto de estancar a solidão

oferecendo a face ao próximo abismo

que aguarda por beijos sinceros

Evas que uivam para a lua

viram o sangue derramado

incontidos, nunca voltarão ao cálice.

decidindo numa foto antiga

se a asa está na cruz ou batendo os pregos

pelos acostamentos de todas as estradas

ou no benefício de uma saudade

sob a noite clara

não há nós nas lágrimas

são cegos... no futuro

só podem ser desfeitos com um corte

para nascer o homem de uma costela

da alcateia a filosofia ao caos

não importa o preço do apocalipse

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 09/05/2019
Reeditado em 10/05/2019
Código do texto: T6642885
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