O fio da vida.

É muito frio é quase gelo com alguns sóis a iluminar

É cama dura é maca e medo é quase morte esse lugar

E em desalinho aos meus desejos, me sinto preso,

Sem preso estar.

É coisa fria em carne e gente que corre por dentro a desimpedir

Não é de sorrir nem é um bom o momento é um apelo ao tempo

É de fato um tormento entre um ficar ou ir...

É como espinho esse puncionar, fabricando a dor,

Perfurando a tez..., É sangue a jorrar é adrenalina a acelerar

É chegar mais perto a porta do céu.

É metal nas cordas do coração para desfazer coagulação

São injeções, fio a guiar, a ultrapassar a mesma lesão

Via, conduto, cateter balão, angiografia, pós dilatação.

A acinesia nesse meu pulsar torna incompleto o seu funcionar

Hipocinesia a diminuir a vivacidade no seu prosseguir

Mid inferior, inferoseptal e inferior da parte basal

Na nova cadência dança o coração, entre fios, stents, cateter balão.

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 16/05/2019
Reeditado em 16/05/2019
Código do texto: T6648487
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