Amarelo, das coisas

os prédios atravessam,

como se fosse eu o céu de um tempo

um tempo que come minha comida,

chora minhas lágrimas

com flores flutuando no ar.

breve recordação que sou, atrás do peito

nesse meu jeito de lembrar você no amarelo

rebentando sem motivo, amarelo

sobrevivendo à paz.

muito verdadeiro para viver

muito amedrontado para morrer

que diferença faz?

se é igual em todos os sentidos

talvez seja a mesma coisa...

e morreremos juntos

sem estarmos em qualquer amarelo.

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 21/05/2019
Código do texto: T6652616
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