O SENTIMENTO SOCIAL

Ter o teu perdão é amar a vida,

é ser qual um jardim dando flor,

é reviver a paixão desaparecida,

numa grande explosão de amor.

Para este idolatrado momento,

percebe–se grandiosa gentileza,

eliminando–se todo sofrimento

sem o uso de nenhuma sutileza.

Humano é ser de carne e osso,

podendo ser um forte guerreiro;

de Rodes, jamais o tal colosso,

cujo agir não pode ser matreiro.

Do espaço que aqui nos amarra

tem–se o porão, o seu canto feio,

onde se fica e nunca se desgarra

das tormentas de seu triste seio.

Porque nossa cara não mudamos

para uma normal vida fingirmos,

não haveremos de ser mundanos

por pequenas agruras sentirmos.

A nossa batalha vem da catinga

que a farsa da sociedade expele,

que mui longe do ar da restinga,

tanto agride nossos corpo e pele.

Quando o pensamento explodir

e poder sentir o que não vemos,

a safadeza não vai pois sacudir

a salgada sociedade que temos.

Perto ou bem junto à falsidade,

para não se perder o puro tom,

é legal ter–se algo da maldade

avivada no espírito do ser bom.

Nunca é vicioso este processo,

onde se pode mentir para viver,

sendo vital para ver–se o acesso

contra gente que, a mentira, tiver.

Fugindo–se da social lama vista

através da venta da humanidade,

de cujos malfeitos vem a pista...

a pista dos homens em maldade.

Neste mundo vê–se algo lindo...

lindo como o olhar da criança

com o pai ao seu encontro indo

para garantir–lhe a esperança....

esperança de vida humanizada,

que está morrendo e sumindo

desta sociedade já esfacelada,

em gritos que estamos ouvindo.

Se revelada na “media” a morte,

em tristes batalhas de etnias,

nega–se que o homem é forte,

lega–se à humanidade agonias.

Com a morte a surgir da vida,

engolindo o homem sem sorte,

conforme a nota de jornal lida

– nada se aprende do ido forte!

Quem chega à vida é a morte;

porém se ela chegar com corte

e rápida em seu triste aporte,

ter–se–á só um defunto de porte.

O morto de muito pouco servirá,

mesmo tendo sido à família fiel;

para seu quente seio não voltará

para melhorar este mundo cruel.

Salvador, 08/11/2003.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 25/05/2019
Reeditado em 25/05/2019
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