Calada

Não tema quem arma ciladas

as calunias que por vir estarão

nas demais mentiras e rosas

que de ti fazem questão

empunhando velas ou armas

nada que assegura é concreto

tende somente o medo

rasurando o que estava certo

não venha cego por justiça

nem por nós mova moinhos

dêem mãos aos comedidos

ou braços aos desarmados

e fé aos descrentes

não negues tua graça

tua crença

tua magoa

se calem vozes sombrias

compartilhem do meu abandono

a tristeza que beira calada

o progresso da vida parada

Camila BV
Enviado por Camila BV em 02/11/2005
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