SAL
O amor que trago dentro do peito,
vai apenas para um endereço:
o espaço sideral dos teus beijos,
alma e corpo; o cosmo perfeito?
Há um amor maior que o amor,
pronto para negar o nó do verso
do qual se apropria o poeta
com o seu varal farpado de dor?
E tem nome isso que não tem nome?
Isso que me estilhaça o tempo
e o pulveriza entre a noite
eterna dos confins do firmamento?
O amor que trago dentro do peito
só pode ser teu, senão, nada feito.