SAUDADE.
Saudade belisca
o peito,
com o bico do desatino,
faz chorar o homem velho,
como chora um menino.
É faca que corta calada,
faz um buraco invisível,
deixa tudo atrapalhado,
no pobre que está ferido.
Faz das noites um absurdo,
deixa a cama com espinhos,
o travesseiro vira pedra,
o ar vai lhe escapulindo.
Enquando o pobre se estrebucha,
pensando até em se matar,
a saudade vem crescendo,
como as ondas de um mar,
Bate no peito do coitado,
que de tanto afobado,
logo se coloca de pé,
vai logo abrindo a janela,
olhando o céu estrelado,
fica bem mais sossegado,
tentando se reerguer.
A saudade então se afasta,
não quer que o sujeito morra,
recolhe no seu recanto,
faz o moribundo reviver.
E quando ele se vê curado,
a saudade se aproxima,
acorda suas lembranças,
remexe nos seus quardados...
Faz ver o laço de fitas,
lhe traz o vestido ramado,
poêm na boca o beijo molhado
que o coitado não deu.
Crava de novo o punhal,
fica olhando o sangue escorrer,
a saudade então delira,
ao ver o quase morto contorcer.
Antes do ultimo suspiro,
a saudade se retira,
deixando-o a suspirar,
transpirando em delírio.
Saudade é pedra pesada,
nos ombros de quem ama,
deixa a cama com espinhos,
coloca pedras no caminho
de um coração doente.
Saudade belisca
o peito,
com o bico do desatino,
faz chorar o homem velho,
como chora um menino.
É faca que corta calada,
faz um buraco invisível,
deixa tudo atrapalhado,
no pobre que está ferido.
Faz das noites um absurdo,
deixa a cama com espinhos,
o travesseiro vira pedra,
o ar vai lhe escapulindo.
Enquando o pobre se estrebucha,
pensando até em se matar,
a saudade vem crescendo,
como as ondas de um mar,
Bate no peito do coitado,
que de tanto afobado,
logo se coloca de pé,
vai logo abrindo a janela,
olhando o céu estrelado,
fica bem mais sossegado,
tentando se reerguer.
A saudade então se afasta,
não quer que o sujeito morra,
recolhe no seu recanto,
faz o moribundo reviver.
E quando ele se vê curado,
a saudade se aproxima,
acorda suas lembranças,
remexe nos seus quardados...
Faz ver o laço de fitas,
lhe traz o vestido ramado,
poêm na boca o beijo molhado
que o coitado não deu.
Crava de novo o punhal,
fica olhando o sangue escorrer,
a saudade então delira,
ao ver o quase morto contorcer.
Antes do ultimo suspiro,
a saudade se retira,
deixando-o a suspirar,
transpirando em delírio.
Saudade é pedra pesada,
nos ombros de quem ama,
deixa a cama com espinhos,
coloca pedras no caminho
de um coração doente.