PASSAGE HUIT
Olhe pra mim e diga quem sou,
sob a delicadeza das flores estampadas,
onde sua existência interfere na minha.
Onde a costura sinuosa muda seu futuro,
desde quando hesito se atravesso ou não a rua.
Uma xícara que se quebra ou não no meio da tarde,
podendo impedir que olhe adiante e veja a travessia.
Isso não é inspiração, é aleatoriedade da natureza;
Não há propósito nem escolha nas histórias,
apenas o que deveria ter sido e terminou
na desculpa da xícara que no chão se espatifou.