DEIXA IR...
DEIXA IR...
Tenho nos olhos a partida do trem
aperta o peito
e mão enrijece
emprenhada de adeus
ah que palavrinha mais cafona
cafona também é cafona
adeus é toda lona
que não cabe no frio
polui o rio
ataca o coração
traz rejeição
a mão enrijece
mas o adeus acontece
adoece...
Os passos pequenos
aos poucos afastam
os que se arrastam
Se passos existem
palavras resistem
e àquela altura
só o pensamento murmura
e tudo que foi forte e grito
é fio bonito
esquisito
na(ã)valha costurar
mas o tempo ,esse senhor da sabedoria
costura, corta ,borda
e dá cartas de alforria