Pressa para quê?

Pressa para quê?

Tenho pressa para escrever.

O tempo perdido compensar,

as dores não reveladas, esconder.

Nada tenho a falar.

Quem vem, fica e nada entende.

Quem parte, no vazio escolhe ficar.

Ah, como eu quisera ser vidente

de alguém que não deseja pernoitar.

A voz está presa.

os dedos agitados.

Mas nada falta à mesa

dos corações endiabrados.

Vem e me diz como agir;

estou pronto para empreender.

Com você consigo rir

e só você aí entender.

Tudo me vem, num instante;

estou atolado de pensamentos

que me desviam para local distante,

longe dos seus sentimentos.