A MORTE
A MORTE
A morte e sua opressiva sensualidade.
A morte
E seu reator de ruptura concreta.
A morte e sua luta de classe
Contra as concepções intimistas.
A morte e sua vastidão.
A morte é um ponto,
A morte é a morte sobre si mesma.
Amanhã ela é vasta
E repleta de estrelas,
Repleta de estrelas lindas e azuis
Que nunca cessarão
O transbordamento azul de suas criações.
A benção infinita deste profano iluminar
Cingido pela ciência e pelo afeto.
Este profano iluminar
Instantâneo em seu medo
Em sua ruptura violenta e martirizado
Pelo jogo das dimensões infinitas.
FERNANDO MEDEIROS
Campinas, é primavera de 2007.