SEMEANTES
As marcas em seu rosto já vivido
Mostra as estradas percorridas
E as mãos calejadas e duras
Dizem que nada foi muito fácil
O olhar que agora tem
Não é o mesmo da juventude
Sabido é que esta vida rude
Lhe deu pão, suor e tempestade
Que assolou teu coração
Levou-o a sonhar e imaginar
Que para tudo se dá um jeito
Onde quer que seja feito
O ninar de trabalhar
Amansar a mata virgem
Semear o pasto e mais semente
Que por ver frutificar
Chora em tudo de contente!