O HOMEM E O TEMPO.
Lá vem o homem,
com seu chapéu furado,
o cigarro na boca,
fumando a vida,
sua jaqueta rascada
pelas unhas do tempo,
o homem não fala,
não ri, não chora
o homem é uma pedra
que o tempo criou,
a brisa vem soprando
o homem,
ele então se aproxima do abismo,
pronto, caiu!
O homem vai ao fundo,
com sua jaqueta rasgada,
com seu chapéu furado
e a mesma boca que fumou
a vida,
ele olha, não há saída,
o tempo o cercou,
o homem quer fumar,
mas a vida acabou,
então senta-se no passado,
quer beliscar suas mãos,
mas a boca comeu,
então teve uma idéia,
antecipar o futuro,
não deu...
o futuro mora muito além,
o passado lhe dói,
e do presente que lhe restou,
só o chapéu furado,
a jaqueta rasgada,
e o cigarro na boca que
acabará de comer-lhe a vida.
O homem sente-se morto,
e por ali ficou.
Lá vem o homem,
com seu chapéu furado,
o cigarro na boca,
fumando a vida,
sua jaqueta rascada
pelas unhas do tempo,
o homem não fala,
não ri, não chora
o homem é uma pedra
que o tempo criou,
a brisa vem soprando
o homem,
ele então se aproxima do abismo,
pronto, caiu!
O homem vai ao fundo,
com sua jaqueta rasgada,
com seu chapéu furado
e a mesma boca que fumou
a vida,
ele olha, não há saída,
o tempo o cercou,
o homem quer fumar,
mas a vida acabou,
então senta-se no passado,
quer beliscar suas mãos,
mas a boca comeu,
então teve uma idéia,
antecipar o futuro,
não deu...
o futuro mora muito além,
o passado lhe dói,
e do presente que lhe restou,
só o chapéu furado,
a jaqueta rasgada,
e o cigarro na boca que
acabará de comer-lhe a vida.
O homem sente-se morto,
e por ali ficou.