Adaptando-me ao ritmo.

Rio, 12.07.2016.

Adaptando-me ao ritmo.

As vezes pesa demais

Um lado da balança,

Mas já que eu entrei na dança

Eu é que me adapte ao ritmo.

As vezes Dom Quixote,

As vezes Sancho Pança.

E a vida lança a música feito

um aleatório algoritmo.

Eu estou me equilibrando na gangorra,

Da Tijuca a cachamorra,

Eu sei de onde eu vim,

Mas estou determinado

A ficar onde cheguei.

Eu não sou homem independente,

Sou carente, e viver sozinho

Nunca foi algo que eu planejei.

Sou do tipo que prefere juntar

As escovas de dentes,

Que aposta no sucesso afetivo,

Uma vez que sem rainha não há rei.

E não há nada que me releve mais

Do que as mulheres que amei.

E o mundo está repleto de pessoas

E coisas e situações que nos querem

Apagar o encanto e o sorriso,

Mas quem tem coragem se

Mantem na ousadia, de apesar

De tudo isso, não perder o brilho.

Pois é senhores, o mar das circunstâncias

Por vezes é sereno, por vezes é bravio.

E se cada um é uma vela, aqui na terra,

Que uma hora se apaga feito

Chuva em repentino estio,

Façamos valer a pena a chama

Que emana dos nossos pavios.

Clayton Márcio.