DOR
Dor que dilacera a alma
Que não se cala
E na espera, se entrega
Lança-se, ao abismo oculto
Dos dias negros que ainda seguem
Profunda, é a cicatriz
Ferida pela navalha afiada
Que na encruzilhada do destino
Desafiou o âmago do amor improprio
Dor, que ainda insiste, que persiste
Na calada da noite
Ainda, escuto o açoite do vento
Em compasso com as batidas do meu coração
Transformando em melodia
Num lamento eterno
Da espera
Da saudade
Do amor, que simplesmente
Partiu, para nunca mais voltar.