DOR

Dor que dilacera a alma

Que não se cala

E na espera, se entrega

Lança-se, ao abismo oculto

Dos dias negros que ainda seguem

Profunda, é a cicatriz

Ferida pela navalha afiada

Que na encruzilhada do destino

Desafiou o âmago do amor improprio

Dor, que ainda insiste, que persiste

Na calada da noite

Ainda, escuto o açoite do vento

Em compasso com as batidas do meu coração

Transformando em melodia

Num lamento eterno

Da espera

Da saudade

Do amor, que simplesmente

Partiu, para nunca mais voltar.

MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI
Enviado por MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI em 13/07/2019
Reeditado em 19/08/2019
Código do texto: T6695079
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