Flor de vidro
Uma flor de vidro dentro dos homens
Que marca seu coração boquiaberto
Co'a tolice de que eles se escondem
Junto com a sua máscara de esperto
Seus espinhos dilaceram seu peito
E ferem mais ainda quem está fora
Pois braços tomados viram sujeito
De verbos muito feios pra falá agora
Suas raízes estufam a mente fraca
Modelando uma estufa em seu corpo
Só permitindo entrar o que lhe mata
Deixando sair só poucos tons de torto
Talvez não sofra como um ser verdadeiro
Mas por certo o carrasco sente dor de verdade
Ela não quer montar seu coração guerreiro
Nem se encontrar pura na sua virilidade
Ela quer que tu sejas dela companheiro
Ou mesmo nada de sua pessoa na verdade
Porém acho que já vê que é esse espinheiro
A flor e semente de toda essa crueldade
De quem é a culpa não sei mas a faca
Enfiada na ferida necrosada
Não fará nada além de deixar marca
Pra se fechar em outra temporada