DEVANEIOS A DOIS

Chove na madrugada

Enquanto o sono não vem

Espio pela janela

É verão, a chuva quebra o silêncio noturno

E desperta meus fantasmas adormecidos

Minhas recordações já não me dizem mais nada

Hoje, prefiro não tê-las

O silêncio da madrugada, vez ou outra

É interrompido, pelo barulho da chuva no telhado

Prefiro o silêncio...

Diante da vidraça, fico emudecida

Ao ver a imagem refletida

Nela, vejo-me como um ser irreal

Ao meu lado estás... real

Tento tocá-lo, mas é distante tua presença

Entristecida, lanço um beijo ao léu

Sentes... eu te sinto...

O barulho da chuva, traz-me de volta a realidade

Tento adormecer, e tornar real o sonho

Antes, desperta.

MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI
Enviado por MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI em 19/07/2019
Reeditado em 20/08/2019
Código do texto: T6699693
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