Toda minha esperança

Às vezes, não é contínuo, pois ninguém suporta,

Às vezes não se enxerga nada lá fora...

Só o silêncio canta,

Só os precipícios chamam

Só um desfragmentar contínuo

Aqui na alma

Ali na alma

Nalgum tempo

Passado, presente, sei lá

A ruir as carnes apodrecidas...

E o que fazer?

Tapar os ouvidos? Não adianta...

Fechar os olhos? Não adianta...

Se tivesse uma mesa... Não adianta se esconder...

A respiração vai voltar,

Mas enquanto isso

Apenas isso

Esse não respirar da alma

Que se propaga

Sobre toda minha esperança...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 24/07/2019
Código do texto: T6703084
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.