DELÍRIOS
Não posso ir além das muralhas
Que cercam minha alma
Sei que além, muito além dos meus delírios
Existe uma força imensa
Que leva-me a navegar, por mares tempestivos
Nada ao redor em que posso me agarrar
Sinto-me sozinha…
Deixo-me ser levada pela correnteza
Olho para trás, e lá, vejo
Tua imagem, estática, distante
Luto contra a correnteza do meu destino
E tento agarrar ao que restou de mim
Para ir ao teu encontro…
Te afastas cada vez mais
Grito por ti, mas não me ouves
Perdida em meio a tempestade
Surge diante dos meus olhos
O brilho de uma luz
Entrego-me, e deixo ser levada
Vou ao encontro de minha paz
Minha tão desejada, PAZ.