PARA SEMPRE

No banco vazio

Cercado por primaveras

Encontrei uma flor

O perfume que exalava

Não era um perfume de amor

Era de olhos que choraram

As lágrimas, regaram a flor

Que ainda em seu esplendor

Mal pode completar o seu vigor

Já foi arrancada, sem dor

Pétalas agora desfalecem, no banco vazio

Alguém, de coração entristecido

Pegou a flor, chorou

Recolheu as pétalas soltas

Envolveu-as em papel

E nele escreveu:

Aqui jaz um amor

Que tinha a forma de flor

Dela, germinará um novo amor

Gravarei meu nome e voltarei ao amanhecer

Serei tua alma gêmea

Se gravares aqui, o teu nome

Ao amanhecer, no banco do jardim

Uma nova flor

No papel, dentro de um coração

Dois nomes estavam

O meu e o teu, e os dizeres:

Para sempre!

MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI
Enviado por MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI em 26/07/2019
Reeditado em 14/08/2019
Código do texto: T6705300
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