PARA SEMPRE
No banco vazio
Cercado por primaveras
Encontrei uma flor
O perfume que exalava
Não era um perfume de amor
Era de olhos que choraram
As lágrimas, regaram a flor
Que ainda em seu esplendor
Mal pode completar o seu vigor
Já foi arrancada, sem dor
Pétalas agora desfalecem, no banco vazio
Alguém, de coração entristecido
Pegou a flor, chorou
Recolheu as pétalas soltas
Envolveu-as em papel
E nele escreveu:
Aqui jaz um amor
Que tinha a forma de flor
Dela, germinará um novo amor
Gravarei meu nome e voltarei ao amanhecer
Serei tua alma gêmea
Se gravares aqui, o teu nome
Ao amanhecer, no banco do jardim
Uma nova flor
No papel, dentro de um coração
Dois nomes estavam
O meu e o teu, e os dizeres:
Para sempre!