ANOITECER

A noite se vai calma

O jardim não floriu

Pela manhã, o sol surgiu tímido

O dia estava apático

Deixei a porta entreaberta

Mas a luz não entrou

Não escutei os sorrisos das crianças

Que sempre vem à minha porta

Chamar-me para cantar

Lá nos galhos das árvores

As aves fizeram seus ninhos

E os filhotes recém-nascidos, pedem alimento

Não há alimentos, foram abandonados

Ali em baixo, um cão ladra

Pobres filhotes

Abandonados, famintos

Tão cruel será os seus destinos

Não voarão

Não cantarão em minha janela

Outro anoitecer

E eu, apenas quero adormecer

E sonhar com jardins floridos

Pássaros, e crianças cantarolando

Dançando, rodopiando

Sorrindo!

MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI
Enviado por MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI em 26/07/2019
Reeditado em 07/09/2019
Código do texto: T6705305
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