DESTINO CRUEL

Que olhar é esse

Que tanto me perturba

Dançaste comigo uma única música

Tomaste-me nos braços

Com tanta delicadeza

Adentraste minha alma em silêncio

E com os olhos disseste-me do teu amor

Tão jovem eu era, mas estremeci

Confesso: fugi do teu olhar

Fugi porque desejei-te mais do que devia

Tão logo a música parou

Apertaste minha mão

Num gesto de despedida

E teu olhar entristeceu

Uma lágrima em meus olhos… E te foste para longe

Por que partiste

Se tanto me amaste?

Retornas agora, tanto tempo depois

Com o mesmo olhar Provocando-me novamente

arrepios

Despertando desejos adormecidos

Nossa juventude ficou tão distante

Mas ainda sinto-me em teus braços

Rodopiando pelo salão e

A música ainda soa em meus ouvidos

Como se no momento presente, estivéssemos

Tão cruel foi o nosso destino

Apresentou-nos numa noite tão linda

Onde a lua nos acenou e sorriu

Abençoando nosso encontro

E em seguida deixaste-te partir de mim

Calo-me neste instante

Não devo alimentar esse amor

Tarde demais nosso reencontro

Tarde demais para recomeçar

MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI
Enviado por MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI em 27/07/2019
Reeditado em 21/04/2021
Código do texto: T6706067
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.