INOCÊNCIA

Talvez, no meu tempo de criança

Quando a inocência ainda reinava

Eu não tenha percebido

O que a vida, talvez ingrata

Quisesse a mim mostrar

Não temos escolhas

E nem mesmo consolo

Para as amarguras

Que viriam nos atormentar

Com sonhos impossíveis

Com amores sentidos e não vividos

Se os olhos da inocência

Pudessem prever o futuro

Eu teria, quem sabe

Lançado de corpo e alma

Ao amor desperto

Embora inocente

Meu coração acelerava

Em todos os momentos

Que nossos olhares se cruzavam

Por causa de um medo banal

Deixei o tempo passar

E se arrependimento matasse

A muito, já teria morrido

Meu silêncio custou caro

Agora, você se foi

E meu amor, você não levou

Atormento ainda meus dias

Com você sempre presente

Em meus pensamentos, em meu coração.

MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI
Enviado por MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI em 31/07/2019
Reeditado em 21/04/2021
Código do texto: T6709239
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