Amanhã aguém a de querer
saber quem é este poeta
que viveu no anonimato.
digo, sou filho de Alvinopolis,
filho de lavradores,
um simples, que aprendeu
olhar o céu e ver estrelas,
que aprendeu a crescer
quando tropeçava nas pedras.
sou um cabloco que serve,
e que não reclama de servir,
sou aquele que abre a janela
e agradece o dia nublado
só pela graça de existir,
sou um ser minimo,
que beija as pedras, para sentir
o perfume da cruz,
mais nada de mim irá saber,
porque sou essa poeira
que habita essa casa, corpo,
e amanhã partirá para o
nucleo do desconhecido,
ficará a obra como um marco,
como o canto do pássaro
que acordava as manhãs.