ETERNO ADORMECER

Em silêncio está meu coração

Anoiteceu o céu, anoiteceu a vida

Mais uma vez, mergulho na escuridão

Meus fantasmas voltaram

A perturbar-me noite a dentro

Trazendo de volta os meus medos

A angústia, de não saber lidar com ausências

Angústia, de permanecer em silêncio

Enquanto meu coração quer gritar

Novamente o punhal imaginário

Dança em minha frente

E ouço gargalhadas prazerosas

De insultos, deboches

Elas, instigam-me a pegar o punhal

Estou a mercê das loucuras

Totalmente sem controle dos meus atos

Pensamentos voando

Sentimentos... destroçados

Escureceu

Acho que o anjo da morte me ronda

E nesse instante

Meus olhos,se fixam em direção ao punhal

Que brilha, que me atrai

Oh Deus! Porque me fizeste tão serena

E dá total liberdade a esses fantasmas?

Eles tiram-me a paz, querem levar-me

Uma calmaria me envolve

Eles, os fantasmas, abrem caminho

Gargalhadas, sussurros

E eu, fora de mim, sigo

Em direção ao punhal

Um profundo e triste suspiro

Em seguida... sinto me desfalecer

Caída ao chão, sob o negro do céu

Adormeço, o sono eterno.

MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI
Enviado por MARIA LUIZA VERONEZE GUARNIERI em 07/08/2019
Reeditado em 07/09/2019
Código do texto: T6714861
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