REDE DAS DESILUSÕES
Cansada de sonhar-te
Deitei-me na rede das desilusões
E enquanto minha alma repousa
Numa tarde qualquer de outono
Caminharei pelas trilhas da vida
Na clareira do tempo
Que se abre à minha frente
Um sol surge, ofusca-me a visão
Contraria minha mente
E como um grito de guerra
Minha voz, se faz oração
Não destes a mim Senhor, a magia de amar?
Por que tenho que implorar a ti
A calmaria, a serenidade?
Quero tê-lo ao meu lado
Quando, nos vendavais noturnos
Fantasmas tendem a perturbar-me
Querendo calar a minha voz
São tão longas as noites, frias
Cansada estou desses fantasmas
Minha alma repousa, ainda está em silêncio
Não devo voltar, não quero
Ela está tão serena, tão linda
Ah Deus, salve-a dessas tempestades
Resgate-a, leve para ti essa alma que tanto ama
Que noite e dia espera seu amado
Desejando o aconchego do seu abraço
Porém, esse a desiludiu
Numa linda noite de verão
Leve-a para ti, Senhor!