QUERO TANTO AQUELE CORAÇÃO

Histórias a dois são assim

começo, meio e fim

não depende de você nem de mim.

Reconhecer que acabou é duro

melhor trocar a luz pelo escuro

do que dizer não te aturo.

Essa coisa de amor é esquisita

quando algo novo grita

tudo que encantava, irrita.

É mais fácil se acomodar

fingir que dá pra remediar

iludir achando vai melhorar

Mas o cotidiano mostra a verdade

calmaria virou calamidade

sumiu a tal cara-metade.

Estou pisando nesse chão

entediado de montão

arrependido, por que não?

Ainda restam fios de amor

não embebidos no dissabor

capazes de mudar essa cor.

Talvez esses reminiscentes

lembrando daquelas nascentes

tragam alentos sorridentes.

Quem sabe dá pra salvar

o barco perdido em alto-mar

pro bom voltar a reinar.

No fundo não quero a solidão

de verdade busco outra mão

quero tanto aquele coração.

O tempo vai dizer o que fica

dessa história que tanto pinica

se essa corda ainda estica.

Amor que é amor nunca padece

é cobertor que sempre aquece

é gosto que revigora, apetece.

Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 09/08/2019
Reeditado em 09/08/2019
Código do texto: T6715925
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